08/07/2009

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A estrela dourada da Mercedes-Benz


Em setembro de 2006, a empresa completou meio século de atividades no país. Nesse período, contribuiu para o desenvolvimento da indústria automotiva nacional, com uma constante busca por inovação tecnológica e ainda transformou em realidade o sonho de muita gente.

“A Mercedes-Benz foi tudo na nossa vida”. É dessa forma resumida, porém, recheada de satisfação que a família Pereira define a importância da empresa. “Meu cunhado já trabalhava lá e eu sabia que era um bom lugar. Então, durante um mês inteiro, fui até a porta da fábrica em busca de emprego e no 31.º dia apareceu a minha vaga”, relembra Rubens Pereira que trabalhou na MBB por 16 anos, entre 1958 a 1974, quando se aposentou como oficial especializado na área de funilaria.
“Naquela época, era tudo muito difícil, não existiam as leis trabalhistas de hoje, então, conseguir emprego numa empresa do porte da Mercedes-Benz significava para nós uma segurança financeira também”, destaca Terezinha Figueiredo Pereira, esposa de Rubens, lembrando que a empresa gerava benefícios para os funcionários e estendia aos familiares. Como exemplo, cita a cooperativa de consumo que existiu na década de 1960. “Não tínhamos as facilidades de hoje com esses hipermercados. As compras eram feitas em pequenas vendas e armazéns da vila. Quando o Rubens começou na fábrica, a gente comprava lá e o desconto vinha em folha de pagamento. Facilitava muito nossa vida”.
Ao rever suas fotos daqueles tempos, o ex-funcionário relembra: “era sensacional ver o ônibus pronto. Eu fazia apenas uma parte e era demais ver o resultado final. Nem dá para explicar direito como esse emprego foi importante”, comenta.

Opinião parecida tem João Beraldo Neto. Foi por meio de um anúncio no jornal que tomou conhecimento da existência de vagas para auxiliares. Era novembro de 1958. Ansioso por trabalhar em uma grande empresa, saiu do interior de São Paulo e foi tentar uma chance. Participou de entrevista e diversos testes. Obtendo a quarta colocação, foi admitido como auxiliar de Crédito e Cobrança da MBB.
Formou-se em Administração de Empresas e por 45 anos atuou na área financeira dentro da Mercedes-Benz. Em 2003, quando se desligou da organização, era gerente de Pedidos e Preços. “Trabalhar lá significou tudo para mim. As primeiras sensações foram de ansiedade e depois de orgulho por ter conseguido uma posição em uma multinacional, embora naquele tempo eu nem tivesse a noção exata dessa amplitude, mas sabia que era grande. Fui alcançando novas funções e a melhor conquista foi a do meu nome. Nunca fui apenas mais um. Sempre fui respeitado e fiz amizades com todas as pessoas de lá”.

Parceria Perfeita  
Próximo de completar 40 anos trabalhados na Mercedes-Benz, o engenheiro mecânico Luiz Tavares de Carvalho classifica a sua relação com a empresa como uma parceria perfeita.
“O meu primeiro dia de trabalho foi muito preocupante, não que tenha sido difícil, mas pelo novo mundo que eu estava tendo a chance de participar, ou seja, atuar em uma empresa de origem alemã de primeira linha, que era e ainda é líder mundial em seu segmento. A Alemanha, eu só conhecia em filmes. De qualquer forma, a minha sensação era saber o que eu poderia fazer para contribuir”.
Na opinião dele, por um lado, a Mercedes-Benz sempre foi um ambiente agradável para trabalhar, mas como profissional, também se esforçou para atender às exigências de suas funções e usufruir dos incentivos que, obviamente, eram destinados ao colaborador que se mostrasse dedicado. “A empresa permitiu que eu crescesse culturalmente, economicamente e como ser humano, me dando a possibilidade de desenvolvimento e de conhecer melhor uma parte do mundo. Mas nada foi de graça, eu dei o melhor de mim”.
Hoje, Carvalho é diretor de Projetos de Câmbio e Embreagem e apesar de destacar várias vantagens de ser um funcionário Mercedes-Benz, é muito sensato em afirmar que houve momentos difíceis, mas que com garra dos dois lados, ultrapassaram os obstáculos.
Essa superação de desafios pode ser sentida em um dos fatos que o diretor cita como um dos mais marcantes que vivenciou quando foi convidado para se transferir para a fabricação de eixos, em 1995. “A área passava por um dilema, estava para ser fechada ou vendida. Era um setor muito questionado pela Alemanha. Éramos um grupo de 2.500 pessoas e tomamos a decisão de não acomodação. Se fosse para morrer, morreríamos lutando, faríamos de tudo para dar a volta por cima”. Passados cincos anos, o departamento se tornou benchmark mundial como melhor sistema de manufatura de veículos.

Herança Pioneira
Vivemos um momento histórico: a Mercedes-Benz completa 50 anos no Brasil em 2006. Uma história que começou em 1956, quando foi inaugurada oficialmente a primeira fábrica da Mercedes-Benz no país. Desde então, a empresa produz veículos que sempre estiveram entre os pioneiros, apresentando novidades que buscam a excelência a cada momento.
Nossos caminhões e ônibus marcaram a história dos transportes no país e conquistaram, com inovação e qualidade, o respeito e a confiança de diferentes gerações de clientes. Hoje, a empresa está posicionada como a maior produtora de veículos comerciais do país, reflexo de seu sucesso nos mercados nacional e internacional. Tudo isso, graças à parceria com os fornecedores e rede de concessionários, além do empenho e entusiasmo dos colaboradores.
Tenho certeza que, com o mesmo entusiasmo, estamos prontos para pensar nos próximos 50 anos.


“O que a Mercedes-Benz nos oferece em tecnologia tem uma amplitude fora do comum. Temos acesso a tudo em informação que circula no mundo, principalmente, em termos de processos tecnológicos. Por isso, somos incentivados a não nos acomodar e a nos renovar constantemente. Se você vem para a empresa é para agregar valor à organização e, para isso, ela te dá todas as condições, em padrões realmente bem acima do razoável”.
Com tudo isso, na análise de Carvalho, a MBB transfere a qualidade dos produtos para quem trabalha lá, ou seja, não é possível fazer um produto de qualidade com equipe desqualificada.
Para que esse processo continue, o engenheiro destaca que a companhia tem uma responsabilidade muito grande, seja com acionistas, com os funcionários ou perante a sociedade e precisa preservar o caráter de empresa-cidadã, tem de analisar todo o impacto que causa. “Os dirigentes precisam se preocupar com isso sempre”.
Gero Herrmann
Atual presidente da DaimlerChrysler do Brasil


Iniciativas no mundo dos negócios e experiências bem sucedidas com veículos conferiram a Gottlieb Daimler (1834-1900) e Karl Benz (1844-1929), na Alemanha, e a Walter Chrysler (1875-1940), nos Estados Unidos, um lugar de destaque na história automotiva mundial.
Do pioneirismo desses homens, surgiram as empresas Daimler-Benz e Chrysler, nos anos de 1920.
Com sua visão nítida para o mundo dos negócios, o polonês Alfred Jurzykowski foi o responsável pela vinda da marca Mercedes-Benz para o Brasil, quando obteve representação exclusiva dos produtos no país, em 1949. Mais tarde, em 1953, conduziu as negociações para a construção da fábrica em São Bernardo do Campo, fazendo surgir oficialmente a Mercedes-Benz do Brasil S.A. no dia 7 de outubro de 1953.
As atividades tiveram inicio em 26 de setembro de 1956, trazendo para cá um passado internacional próspero, focado no fascínio pela inovação.
Jurzykowski foi o primeiro presidente dessa nova filial da empresa alemã. Até 1960, o empresário ocupou cargos na cúpula da Mercedes-Benz.
Em 1998, em âmbito mundial, aconteceu a fusão da Daimler-Benz com a Chrysler nascendo a DaimlerChrysler AG, controladora das marcas Mercedes-Benz, Chrysler, Dodge e Jeep.
Em 2000, a unidade brasileira sofreu mudanças em sua razão social passando para DaimlerChrysler do Brasil Ltda.
Hoje, a organização possui duas unidades fabris, sendo uma em São Bernardo do Campo (SP), produzindo os caminhões, chassis e plataformas para ônibus Mercedes-Benz e eixos, motores, peças e componentes para aplicações industriais, e a outra em Juiz de Fora (MG), com linha de montagem para carros de passeio. Tem ainda instalações em Campinas, onde funcionam as áreas de assistência técnica, pós-venda, comercialização de peças, treinamento e desenvolvimento da rede de concessionários.

Panorama 2006
Segundo a fabricante, de cada dez veículos de transporte de passageiros trafegando no Brasil, sete são da Mercedes-Benz. Das linhas de montagem de São Bernardo do Campo saem todos os dias plataformas e chassis com motores dianteiros ou traseiros, para ônibus urbanos ou rodoviários, articulados, microônibus ou minibus.
· Os caminhões da marca são comercializados em mais de 30 países. A planta de São Bernardo do Campo é responsável pela fabricação de mais de 30 modelos, entre leves, médios, semipesados, pesados e extrapesados.

 

 





     

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